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Saturday, November 04, 2006

O Regresso de Sam the Kid


Sam the Kid é destaque na Revista Blitz deste mês , uma entrevista descontraida e honesta sobre o passado ,presente e futuro do rapper.
Quatro anos depois do aclamado "Beats Vol. 1: Amor", o opus de instrumentais que esteve na base de um generalizado aplauso, Sam The Kid regressa com "Pratica(mente)", o seu quarto álbum e de certeza o mais ambicioso disco de uma carreira que já gerou uma longa e complexa história .
«Sou um bocado inseguro», explica Sam The Kid. Esta frase faria sentido se proferida por qualquer outro artista, mas não parece encaixar-se no perfil público de Samuel Mira, o miúdo de Chelas que há quatro anos obrigou todas as atenções a voltarem-se para dentro do então ainda imberbe mundo do hip-hop tuga. Sam The Kid hoje já não é um miúdo, mas um homem de convicções profundas que se prepara para editar o quarto álbum de uma carreira que só tem conhecido sentido ascendente. Estreou-se aos 20 anos, em 1999, com o disco de produção caseira "Entre(tanto)", elevou a fasquia do rap nacional com "Sobre(tudo)", tocou fundo no sentido musical nacional com a banda sonora para o romance entre os seus pais – "Beats Vol. 1: Amor" – e agora prepara-se para dar a conhecer "Pratica(mente)". A pausa foi longa – quatro anos – mas serviu para burilar o estilo, as palavras e a música. Serviu também para tratar um problema de garganta (ver caixa) e solidificar amizades. Serviu ainda para manter os pés assentes na terra e para se concentrar. O resultado está à vista.
A insegurança que Sam The Kid refere tantas vezes pode na verdade ser encarada como perfeccionismo. E, mais do que o episódio da operação à garganta, é esse carácter perfeccionista que deverá ser responsabilizado pela longa pausa na carreira de Sam The Kid. «Comecei a trabalhar neste disco logo a seguir ao meu álbum anterior», explica. «Envolvo-me é muito com as coisas, custa-me deixar os temas e achar que estão terminados. Os engenheiros de som com quem tenho trabalhado quase nem acreditam que o álbum vai sair – porque sempre que chegava ao estúdio levava um novo sample, ou um beat completamente diferente para experimentar num tema já gravado».
Pratica(mente)" está cheio de histórias reais, mas não inclui nenhum tema sobre o sobressalto mais importante da vida recente de Sam The Kid.
«Tenho aqui um caderno cheio de apontamentos sobre isso», revela o rapper, referindo-se à detecção de um quisto nas cordas vocais que o forçou a ser operado e a encarar a vida de forma mais saudável.O problema tornou-se evidente quando Sam The Kid não recuperou da maratona de três dias que foi o "Hip Hop All Stars": «senti-me mesmo mal e, depois de ir ao médico e de me mandarem deixar de fumar, decidi ligar ao Rui Veloso, porque sabia que ele também já tinha sido operado». Seguiu-se um mês de terapia da fala, mas o problema não passava. «E então decidi ligar ao Tozé Brito». Mais médicos se seguiram, mas o problema teimava em afectar-lhe a voz, ao ponto de Sam quase exigir ser operado: «já só pedia que me operassem».Neste período ouviu conselhos muito diferentes – «o Rui Veloso dizia-me para ter calma e o Vitorino dizia-me para não ter medo de ser operado». Mas a operação acabou mesmo por acontecer às mãos do reputado Dr. Mário Andreia, depois de um impulso decisivo de Carlos do Carmo, que acabou a responsabilizar-se pelos significativos custos da operação.
«Sinto-me muito grato a muita gente. O gesto do Carlos do Carmo, um homem que admiro, comoveu-me».
Esta honestidade afastou Sam dos palcos durante muito tempo – «não tinha nada de novo para mostrar» – e agora volta a vir ao de cima no momento de planear o futuro: «sei que tenho que ter um bom espectáculo se quiser vir a ser respeitado. Quero ser criativo em cima do palco. Não quero simplesmente mandar as pessoas colocarem os braços no ar... quero dar mesmo um espectáculo que deixe as pessoas a dizer "é pá, o Samuel está com um concerto do caralho!"».
Para Sam The Kid, o futuro do hip-hop em Portugal depende de uma série de factores, como a criatividade nos concertos e, muito importante, «depende também da capacidade de se fazer música pelas razões certas – é preciso respirar hip-hop a todas as horas. Isto não é uma arte que precise de ti só às sextas-feiras».
Quem é que afinal vai salvar o hip-hop: «acho que vai ser o Dr Dre, ele é que tem capacidade para mudar sonicamente as cenas». Quanto a Portugal, "Pratica(mente)" não restam dúvidas...
Texto de Rui Miguel Abreu / Blitz

1 Comments:

  • At 6:07 AM, Anonymous Anonymous said…

    pois mt gente pensa que as pessoas de chelas nao valem nada....o sam vem mustrar ao mundo o contrario.....chelas tem mais fama do que pruveito....o sam the kid e o orgulho de chelas....e a musica dele diz tudo....nos de chelas sou mos iguais aos outros...somos humanos e nao diabos como nos chamam....ha pessoas e pessoas nem todos sao iguais pois ha maneiras diferentes de pensar....forca sam chelas ta contigo.....

     

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